Conflituosa reflexão
Há determinados momentos na vida da gente, que quase jogamos tudo para o alto, construindo grandes sonhos em cima de pessoas que na realidade eram bem menores do que imaginávamos. As certezas se fragmentam, a esperança aumenta, a cabeça vai a mil e o coração palpita de maneira acelerada e descompassada; a vida parece tomar outro rumo.
É nesses momentos que precisamos ser tocados por pequenos gestos para compreendermos que estamos a um passo de desabarmos de um precipício, fazendo-nos perceber que a vida é muito bela para se resumir em sonhos desfeitos, ou melhor, em sonhos mal elaborados; sonhos impossíveis e inatingíveis.
O olho no olho ainda desperta o desejo; ainda é absorvido com um calor e um arrepio pelo corpo; o coração ainda acelera e o corpo clama por um abraço, no entanto, a realidade e a razão ganham espaço e o lindo sonho automaticamente se volta para a realidade.
É difícil conviver com esses sentimentos tão diversos e tão confusos, mas que ao mesmo tempo se misturam abrindo caminho para os sentimentos lúgubres como a tristeza e a solidão. Contudo, passados alguns momentos tristes e depois de ter algumas lágrimas queimando o coração, o sol volta a brilhar trazendo em seus raios a alegria e o consolo necessário para reerguermos e continuarmos o caminho.
É fato que a cabeça faz um giro de 360º e ainda sofre com o fato do coração estar dividido. Como é difícil modificarmos e conduzirmos a mente, quando o coração teima em abrir a todo instante as amargas feridas.
Se fosse possível arrancaria toda essa problemática que atualmente aflige a minha alma, mas aí estaria eliminando uma fase importante e muito produtiva deste complexo intervalo que denominamos como vida e, isto, impediria o meu crescimento mental, então, a melhor coisa a fazer é seguir meu caminho enfrentando esses fantasmas e reestruturando a minha existência.