VENCER A SI MESMO. O MELHOR REMÉDIO
Aprendi que tempo de sofrimento é também tempo de crescimento
Crescer em força, em dizer NÃO! Muitos e variados nãos!
O coração endurece em meio ao ambiente hostil
Mesmo nas piores circunstâncias, você não mais se desfaz em lágrimas
O peito não chega mais a ficar apertado
As flechas da dor apenas resvalam pela superfície da pele
Não atingem o alvo
Mesmo em taquicardia o coração inflama-se em coragem, até mesmo em temeridade
É tempo de olhar o inimigo de frente
Rir de sua agonia, de sua iminência em sucumbir
Torcemos: Sucumba, sucumba, sucumba...
Tomamos a brisa no rosto depois da chuva
A temperatura é amena, nosso coração está em festa
O sofrimento está ali, bem ao lado, na espreita, esperando uma oportunidade para morder seu calcanhar
Ele já foi uma fera, hoje é um poodle que ao primeiro rosnar chutamos com força e mandamos ao diabo
A insânia também quer vir
Latente, pede espaço, “quero entrar”, ela diz
Mas eu respondo, você ficará aí do lado de fora
Não sou mais seu cativo, meu coração agora é malicioso o bastante para não te acolher
Em meio ao sofrimento crescemos em força, em dureza e em desprezo
Se um dia necessitei de olhares de aprovação isso hoje me faz rir
Que venha a atribulação
Responderei com os punhos fechados e boca cheia de nãos
Sofrimento, depressão, angústia, pessimismo, desvaloração da vida, vocês estão todos proibidos de entrar aqui
Mesmo que insistam e batam sem parar em minha porta digo a vocês que não mais farão casa neste lugar
Vão atormentar em outra freguesia, essa aqui já não compra mais seus produtos estragados