ACASO NAS ESTAÇÕES


Se no acaso da vida, encontrar-te pelas estradas frias e ao ver-te uma lágrima brotar de meus olhos...permaneça em silêncio...nada digas!

Essas lágrimas são vestígios das feridas que silenciosamente carrego, do sentimento que lateja sem discernimento.

Continue com teus passos...siga sua direção...pois não há em nós qualquer conjunção...nada que valha a pena uma revisão...
Tivemos nas mãos o poder da decisão mas, sua maneira fria pôs abaixo a minha convicção.

Hoje somos vagantes deste mundo de ilusão percorremos os caminhos à procura de uma constatação...

Triste percebi que suas diretrizes não te levam à mim, que é melhor seguir e viver o que está por vir...

Possa ser que eu me engane, que depois reclame e que me perca na dor dos atos que cometi, independente do rumo em questão, apenas obedeço o coração, que suplicante diz para me afastar de ti.

Irei ao encontro de uma nova estação, dos beijos molhados do verão,no outono me aconchegar em outros braços, no inverno me esquentar em outros corpos, na primavera quem sabe não encontro...um amor sincero que me proclame Rainha por devoção, alguém que não me peça explicação, que me ame com toda exatidão, que tome sob assalto este meu pobre coração.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 31/01/2010
Código do texto: T2061750
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