SÉRIE ALMAS PEQUENAS Nº 24 - A CANALHICE

É de tal mundo inumana essa fútil criatura que tanto se arvora;

Que até em meio á fauna e flora acham-se seres mais nobres;

As suas luzes são pobres, o seu caráter é escória;

Ambiciona honra e glória e segue a diabólicas vozes!

Está presente no balaio dos amigos presumidos;

Porém trabalha em prol de prejuízos para atingir o inocente;

Morde-se descontente se não desfruta seus delírios;

Um cérebro repleto de corredores sombrios, um coração vazio e demente!

Canalhas são pedaços do inferno dentre nós;

Melhor estarmos sós do que em sua perigosa companhia;

Nutrem maquiavélica alegria pelo papel de algoz;

E de um modo incrivelmente veloz aprimoram sua mente doentia!

Não poucas vezes são igualmente covardes;

Sem prévios alardes caminham na sombra e na escuridão;

Seu escrúpulo vão só vislumbra e atende aos seus pares;

Espalhados em todos os lugares, até nos recantos poéticos estão!

“Há mais futuro na proximidade do criminoso do que no investimento de um canalha, posto que se o fruto apodrece, basta arrancá-lo; mas se o mal reside na raiz, nem para o fogo serve tal árvore”

(Reinaldo Ribeiro)

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 29/01/2010
Reeditado em 29/08/2011
Código do texto: T2058080
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