SÉRIE ALMAS PEQUENAS Nº 24 - A CANALHICE
É de tal mundo inumana essa fútil criatura que tanto se arvora;
Que até em meio á fauna e flora acham-se seres mais nobres;
As suas luzes são pobres, o seu caráter é escória;
Ambiciona honra e glória e segue a diabólicas vozes!
Está presente no balaio dos amigos presumidos;
Porém trabalha em prol de prejuízos para atingir o inocente;
Morde-se descontente se não desfruta seus delírios;
Um cérebro repleto de corredores sombrios, um coração vazio e demente!
Canalhas são pedaços do inferno dentre nós;
Melhor estarmos sós do que em sua perigosa companhia;
Nutrem maquiavélica alegria pelo papel de algoz;
E de um modo incrivelmente veloz aprimoram sua mente doentia!
Não poucas vezes são igualmente covardes;
Sem prévios alardes caminham na sombra e na escuridão;
Seu escrúpulo vão só vislumbra e atende aos seus pares;
Espalhados em todos os lugares, até nos recantos poéticos estão!
“Há mais futuro na proximidade do criminoso do que no investimento de um canalha, posto que se o fruto apodrece, basta arrancá-lo; mas se o mal reside na raiz, nem para o fogo serve tal árvore”
(Reinaldo Ribeiro)
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