Meus Anjos e Meus Demônios
Os Meus Anjos...
São sombras, nestas noites passadas em branco,
Cada lembrança angustiante, dia após dia sem deixar-me repousar,
São os cheiros, a casa vazia, cada lugar vivido.
São as lagrimas, que teimam em cair toda manhã sem ser percebida,
Estes Anjos...
São caminhos sem fim,
Desertos em pleno mar aberto,
Incertezas, vazio, um abismo de sofrimento profundo,
Embora tão belos,
Ao nos fazer voar,
Leva-nos direto ao chão.
Os Meus Demônios...
São as luzes, de todos os dias nefastos,
É o esquecimento, a paz, concedida por alguns instantes,
Meu trabalho, minhas leituras e lugares que nunca conheci,
São meus sorrisos, percebido apenas por aqueles que já me viram chorar,
Estes Demônios...
É o rio que corre denso e vivo,
A certeza, preenchimento, uma alegria sem fenecer,
Embora tenham suas imagens deturpadas,
Ao nos fazer andar,
Leva-nos direto ao céu.