As Noites
O caminho está deserto, e os pensamentos rodopiam a mil, o vento frio bate contra meu corpo e eu já nem o sinto mais.
As lágrimas secam conforme o o vento vai batendo.
Como se sentir em meio a uma situação sem poder muda-la? sem poder voltar no tempo, sem poder transformar o presente?
E como sentir o coração quando ele bate no ritmo da tristeza? e como impedir o sangue de escorrer das feridas do peito?
Em meio a essa tempestuosa noite, me deparo a um enorme precipício, mas não é um precipício qualquer... Esse é o que foi se formando dentro do meu próprio ser.
Sentar aqui, nesta calçada não vai me fazer descansar, nem vai me fazer amenizar.
Continuarei andando...
Agonizar, agonizar, agonizar... Sózinho aqui.
O Desespero, a agonia de verem as coisas melhorarem, a falta de esperança, e as cortantes realidades.
Uma janela que nunca se abriu, e um ser que não sabe o que é o sol, não sabe o que é o dia, não sabe o que é um amanhecer.
O escuro é o meu habitat, a claridade é inimiga dos meus olhos, do meu corpo da minha pele.
E quando chega anoite eu me sinto em casa.