ASAS

As minhas asas de cera nasceram assim sem que eu esperasse... São projeções de mim... Enfrentaram lavas vulcânicas, sol escaldante, chuva torrencial, ciclones.

Abriram-se fendas em suas plumas, escaras mortificaram tecidos, queimaduras dolorosas se instalaram em sua derme alva, houve polifraturas que precisaram ser gessadas por anos luz. Mas, continuaram partes de mim.

São minúsculas minhas asas, mas são capazes de eternizar voos ...

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 21/01/2010
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