SÉRIE ALMAS PEQUENAS Nº 22 - A VILEZA
No reino das feições mais obscuras habitam os atores da indignidade;
Gestados por reles personalidade, talhados pelo ímpeto vil;
Alma pequena mesmo após senil, que não discerne as vísceras da moralidade;
Que adota o vilipêndio como verdade, que da maldade é fiel servil!
Não há fronteiras para os surtos abjetos da vilania;
É compulsão errante em demasia, pobreza íntima rica em sordidez;
Torpeza extrema que navega na avidez, injúria e infâmia em sintonia;
Egocentrismo de hábil covardia, capaz de denegrir com intrepidez!
De um certo modo pode-se dizer que é o repelente abandono;
Juízo sem dono, tentando achar o seu lugar dentre a sujeira;
Mas a vileza impõe o reino da cegueira, mantém a ética com sono;
Nutre coragem num traiçoeiro sonho, que lhe mantém doente a vida inteira!
"Quando a vileza se instala numa alma, morre de câncer sua íntima nobreza" (Reinaldo Ribeiro)
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