Chuva

Sentado aqui percebo o quanto minha vida não tem sido aproveitada, metade

De mim é dor e a outra metade não sei mais, talvez arrependimento...

Aqui de onde ninguém pode me tirar posso me ver e notar em meus olhos

Que as lágrimas que desceram deixaram manchas de sangue em meu rosto e fizeram

Caminhos estreitos em minha vida...

Meu céu escuro, minhas nuvens carregadas de temor ódio e dor!

O que fazer quando nada ameniza essa solidão? Alegrias passageiras, e onde me

Esconder onde todos os esconderijos estão ocupados? Onde me infiltrar se não se

Existe lugar para se camuflar?

Esconder-me atrás de mim mesma? Camuflar-me de sorrisos e glórias? Se dentro

De mim só existe escuridão e umidade?

Olhar desconhecido, olhar machucado olhar entristecido e adormecido com toda dor

Que alguém poderia ter!

O meu mar já não existe peixe em minha casa não ah luz, a luz machuca meus olhos!

Minha janela já não se abre, e meu amor já não se existe.

Lembranças de um passado que não volta mais, duas linhas, dunas linhas horizontais,

Um gole, dois goles um corte!

Um olhar com ódio!

Tanta dor! Tanta tristeza! Quanta escuridão quanta indecisão! Quanta busca!

Nada pode me conter nada pode me mudar, nada pode amenizar!

Tudo pode acontecer e nada vai mudar, ninguém pode ajudar...

Beatriz Uyara
Enviado por Beatriz Uyara em 19/01/2010
Reeditado em 19/01/2010
Código do texto: T2037807