O parapeito

Sem medo do que pode vir, deitou-se em um parapeito sem medo do que

Encontrar, erguendo sua cabeça e olhando o céu e não conseguiu entrar

Em sintonia consigo, olhar cada gota que desce abrir

Os braços e sentir o vento bater nas lágrimas que descem do rosto misturando-se

Com a água da chuva.

Sentando-se no parapeito, olhando para baixo começa a aumentar as expressões

De dor no seu rosto, e as lagrimas escorriam com mais intensidade...

Abraçou-se fortemente, e ao cruzar os braços nas costas gritou tão alto que

Se podia ouvir de longe, mas não era um grito comum... Era um grito de dor,

Um grito de muita dor, de desespero... Mas o que estaria acontecendo? Tanta

Dor dentro de si? Tanta angustia e solidão causara tanto desespero.

Enquanto se abraçava suas unhas penetravam sua carne fazendo pequenos pontos de sangue...

Abaixando a cabeça lentamente olha para aquele chão de tão alto causou vertigens.

Fizera pensar no que seria melhor... Continuar tentando abafar aquela dor, ou

Acabar com ela imediatamente...

Seus olhos não paravam de escorrer lágrimas, até que decidiu ficar de pé, olhou

Pro céu com os olhos debaixo de prantos...

Estendeu suas mãos em um dos bolsos retirou dali uma foto. Seria um amor?

Seu grande amor...

Ainda chorando muito beijou a foto, olhou para o chão novamente, e com os braços

Estendido não pensou em mais nada...

Memórias viam enquanto descia tão depressa, e nada o fazia se arrepender...

Lá se foi aniquilando toda dor existente, as lágrimas cessaram, as dores acabaram.

Só restou um corpo, um corpo com lembranças ocultas e dores onde ninguém foi

Capaz de desvendar e entender...

Restaram restos, restos mortais de alguém que aos poucos morria por dentro, alguém

Que pelejou para matar as dores, mas as dores o mataram.

A vida para muitos acaba assim, às vezes pessoas só precisam de um abraço sincero

Para que um dia a dor não consiga acabar com a toda a sua vida.

Beatriz Uyara
Enviado por Beatriz Uyara em 19/01/2010
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