Amor e ódio, conflito

Odeio-te.

Te odeio por fazer amar-te tanto.

Minhas noites não são mais desejáveis para dormir,

Se não as passo pensando em você,

Passo-as sonhando com você

E isso não é bom.

Se acordo, não quero me levantar,

Pois o dia já não será ensolarado

Como quando eu era criança e aproveitava o sol para brincar.

O dia não é mais ensolarado, pois quando criança você ainda estava aqui.

Fostes embora,

E meus dias bons também.

Sem motivos e razões

Passei a amar-te

Não sei como, mas criei uma capacidade de esperar,

Mas isso não é bom.

Espero-te, mas sofro em sua ausência.

Agora as lembranças se tornam pesadelos para mim

Por mais que tente te esquecer,

A capacidade de esperar me torna incapaz de deixar de te amar.

Te odeio, mas amo-te mais do que devia.

As lembranças nos fazem ter esperanças, mas a ausência nos faz ter ódio do amor que nasceu sem razões.

A ausência nos faz perceber o quanto aquela pessoa nos faz falta e em casos, nos faz perceber um amor que estava escondido.

Mas por que não ter ódio? A vida é cheia de obstáculos e são estes que nos fazem criar sentimentos desiguais e quando se há amor, o ódio se torna paixão.

Gabriela Cano
Enviado por Gabriela Cano em 15/01/2010
Reeditado em 20/10/2010
Código do texto: T2032020