Momento de paz
Ontem estava em casa, com meus pais,
Estava à toa, depois de anos, o trabalho apenas começou.
De meia nos pés, porque poderia ser na mão, mas não é.
À noite estava chuvosa, feito noite de janeiro.
O silencio era bom e virtuoso, esclarecedor, até emotivo,
Mas é bom sentir essa paz, leveza de espírito
De repente recebi uma entidade, poderia ser do rei do pop,
Mas não! Era apenas minha pessoa se esticando, inventando passos e coreografia.
O sorriso estampou-se na face de todos,
Como promoção de fim de ano querendo aparecer
Foi divino, duraram alguns segundos, mas valeu uma eternidade.
Como a felicidade que buscamos tão distante, encontramos aqui mesmo.
Vivemos de muleta, essa necessidade desnecessária de querer o que não temos, de alcançar os extremos.
Um único gesto trouxe a felicidade no espírito de todos ao mesmo tempo porque a gente não faz isso sempre.
Não somos espontâneos, usamos mascara, imposta por todos ao seu redor, pela sociedade quando você adquire aquele carro novo, pela Televisão tocando aqueles comerciais com tudo e todos muitos bonitos e felizes, pela internet oferecendo informações inúteis, em partes. E antes de ir embora, preferi não me despedir, para que sempre resolva voltar, sem hora marcada, agenda assinada ou mesmo pauta lotada.