De onde vem?
De onde vem essa paz, que chega sem jeito, me leva correndo, num mundo azul?
De onde vem essa sensação, que arranca do peito, me deixa sem jeito, numa rua nú?
Vem das colinas, dos vales e dos pensamentos, das lembranças, e das esperanças,
Vem das cortinas, das matas das cachoeiras, onde minha alma vagueia, sem rumo, sem lar.
Vem das infinitas probabilidades, que semeiam a minha coragem, de ir em frente, seguir e lutar.
Vem dos sonhos, que me dividem ao meio, me deixando inteiro, ao se multiplicar, a somar.
Vem de pequenos momentos, onde me restabeleço, onde descanso sem dormir, sem acordar.
Vem das noites calmas, de loucas madrugadas, onde pego escadas e subo aos céus, vou estrelar.
Vem das tardes quentes, do sol reluzente, que me queima de tanto calor, me faz sentir amor, amar.
Vem das pessoas certas, e das indiscretas que do nada surgiram, que agora seguem junto comigo, a cantar.
Vem das amizades verdadeiras, obras da natureza, jóias raras sem rancor, vem de um amigo, a lembrar.
Vem das raízes que lanço ao chão, das sementes que hoje são frutos, do sorriso de um meigo olhar.
Vem da paixão, do amor, da paciência, da alegria em ver em ti uma infinita beleza comigo a caminhar.
Vem da razão flutuante, de um objetivo distante, que todo dia, paulatinamente posso tocar.
De onde vens louca felicidade, imagino te encontrar distante e de repente vem em mim bater.
De onde vens felicidade errante, almejo você adiante, mas vem do nada me conter, comigo mexer.
Obrigado pela visita, espero que fique um pouco mais, saiba que estarei de peito aberto esperando você voltar.
Mas saiba que antes de ir embora, vou contigo anoitecer, e ao amanhecer, se comigo não mais estiver,
se comigo não mais ficar, saiba que deixarei você a amostra e gritarei aos quatro cantos que teu canto se ouve devagar,
direi nesse escrito, que vivo contigo, e através dele direi, que para te encontrar é só deixar, se achar.
Abraços poéticos...
Fer