Resistindo
Levanto a mão fechada e golpeio o ar de pronto, rodopio como o vento e levanto uma poeira de invisibilidade. Agora posso me ser então, nessa confusa e louca relação pós-moderna, que, ironicamente, me faz esperar milagres ainda.
Declaro calada que a calamidade nos persegue, somos mortais!
Corra, corra muito da verdade que insistes em não aceitar, contudo, saiba que ela estará, da mesma forma, mais adiante te esperando. Muitas vezes sinto que me espreitas com o ódio que o amor cria por fim, mas se esbravejo, é por não aceitar o que me faz mal.
Se morro nem tudo se acaba, se vivo tudo continua, por isso, resisto dando golpes no ar, rodopiando ao vento... Eu sou poeira!