A incapacidade humana
O homem se diz capaz de fazer tudo, de ter explicações para isso e aquilo, se gaba de ser um ser racional e que está no topo da evolução. Essas opiniões sempre vem acompanhada com um certo orgulho e um ar de querer tirar vantagem de tudo o que alguém ou algo possa lhe oferecer. Mas, pobres coitados, é o que somos. Não podemos lidar com certas situações. Não conseguimos nem viver em uma sociedade justa e em paz.
O que podemos fazer diante de uma situação como a que está acontecendo em todo o país, com as chuvas cada vez mais fortes e transformando cidades, estradas, ruas em um monte de barro. Como podemos intervir nisso? Não podemos, apenas esperamos e rezamos para que isto passe e tudo volte ao normal.
As condições de vida oferecidas a estas pessoas é lamentável. Como alguém pode viver com a casa inundada até os pés? Quais são as condições básicas dessas pessoas? Será que alguém se importa com isso? Ou acham que podemos resolver tudo em um piscar de olhos. É a tragédia de Angra, e o que aconteceu em Florianopólis, no interior de São Paulo, em Minas Gerais e em tantos outros lugares. Não é de hoje que a chuva vem fazendo um grande estrago e causando medo e angústia em alguns quando está por vir.
O que o homem, o ser humano, o ser mais racional pode fazer para evitar? Creio que a resposta seja nada. Não podemos evitar isso, talvez possamos amenizar. Sim, esta pode ser a solução. Mas como? Cobrando autoridades por melhorias, afinal de contas pagamos impostos, certo? E se pararmos de jogar lixo no chão? Será que adianta? Não sei...
Talvez nossa capacidade toda tenha um limite e ele está aparecendo. Nos tornamos incapazes a partir do momento em que não temos nenhum tipo de reação para mudar algo. O desespero no olhar de quem está passando por dias em que não há condição de se fazer nada e a falsa esperança de um futuro melhor não está vindo das antenas de tv. Isso é real, está a nossa volta! A fragilidade humana está vindo a tona e estamos deixando de ser os donos da terra. Mas como já diziam por aí: "a arte é de viver da fé, só não se sabe fé em que."
E continuamos...