Sinto-me como a casa velha, construção centenária e que ao longo dos anos vai-se esmorecendo até que desmoronar, levando consigo tudo e a todos que ali habitam ou habitavam. Quem cuidará desta casa? Se eu der uma ou duas demãos de tinta por fora, como será que ela irá ficar por dentro? E se eu der uma ou duas demãos de tinta por dentro, como será que ficará por fora? Sinto-me como a casa velha, construção centenária, mas que resiste, sorri por fora, chora por dentro, desespera por fora, sorri por dentro, abro a porta para que os sentimentos fiquem, fecho a porta para que eles saiam, sou assim, somos assim...