Revelaram-me uma possível morte prematura de mim, disseram-me que nem sempre existem sinais de que algo não vai bem com o corpo... Quando agente foca em um único ponto de perigo se esquece do resto... Esquece-se que o cuidado deve ser generalizado, e generalizo esta sensação de impotência que travo comigo mesma.
 
Esqueceram de me dizer que não poderia ter medo de partir e deixar sem cumprir muitos ciclos que andei abrindo na fé de fechá-los com sapiência... Disseram-me tanta coisa e nada me fez tão fria do que o desejo de outros de me verem triste e distante de tudo o que mais quero... De meus amigos, de minha família... De um amigo... De um amor...

Pediram-me pra correr contra o tempo, não parar para programar nada e desprogramando tudo precisava caminhar e junto de meu interior buscar o “eu” de mim perdido...
 
Revelaram-se inveja do que não tenho e não tendo nada, me querem tudo...

            A vida que me arranha depois de um beijo...

Aprendi a dividir tudo, não levarei nada mesmo... Se me for amanhã venha, faça seu pedido e lhe darei o nada que tenho, pois guardarei o tudo para meus verdadeiros tesouros... Muitos estão perdidos nesse mundo, mas não há um lugar sequer que hoje minha poesia não possa chegar...

E assim...
Darei tudo de mim
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Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 26/12/2009
Reeditado em 04/05/2011
Código do texto: T1995765
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