Todos anseiam por um mundo melhor, onde a paz e a harmonia sejam uma constante absoluta.

Como pode um ser humano querer a paz? Que direito ele tem em sequer pensar que lhe é devido um mundo harmonioso? Como alguém ousa pedir alguma coisa que ela própria não oferece e/ou não contribui para que se consiga.

Na atual realidade, onde o homem se julga pretensiosamente desenvolvido e evoluído, ainda o vemos errar de maneira pré histórica. Erros tão fáceis de serem percebidos, contanto, todos os séculos que percorremos até aqui não foram suficientes para repara-los.

Meu intuito aqui é tentar chegar a um ponto onde cada um possa refletir, entender e no final perceber que não é possível pedir algo, quando estamos à contra mão do mesmo, a não ser que todos tomem a atitude certa.

A princípio é importante estarmos conscientes de que a vida de cada um e do grupo é exatamente aquela que construímos ao longo do tempo e se vivemos alguma infelicidade, devemos isso senão a nós mesmos. Por mais duro que nos seja admitir que existe uma doença em nós (seja ela de qual natureza for) e que ela foi causada por nós mesmos, da mesma forma é difícil encarar que o mundo doente de hoje é culpa de todos. Quero que entendam como doença aqui todos os males físicos, mentais e éticos de forma que serve para ambos, o individuo em si e o grupo como um todo.

Criamos uma doença quando reprimimos nossa essência de ser, quando não somos nós mesmos ou quando algo nos incomoda e não temos nenhuma ação diante dela, ou seja, negligenciamos o mal. Além disso, da forma individual, as doenças se manifestam pelos cânceres, problemas cardíacos, os medos, as psicoses e assim por diante. O nosso conflito interno se traduz então dessa maneira, através de bloqueios criados por nós mesmos e que por não possuírem até então forma física, surgem repentinamente como males “sem significado” ou então culpamos o destino, os outros e até mesmo deus, sendo que nós mesmos fomos alimentando até se tornarem o que são.

As doenças formadas pelos grupos são formadas regionalmente e da forma global, são as misérias, violências, conflitos armados, pandemias etc. Existe uma atmosfera instável e de destruição, causada por algumas pessoas egoístas e com interesses próprios e que acaba influenciando todos à sua volta e que acaba refletindo não só na região onde estão, mas no mundo inteiro, levando para cada lugar as mesmas dores e sofrimentos causados no ambiente de atuação direta, daí um mundo conturbado e errado.

Além desses dois grupos, existe um terceiro que recebe a influencia direta dos anteriores e que, obviamente, também responde à altura, numa simples mas eficaz Lei de causa e efeito. Este grupo é o Organismo que vivemos, nosso planeta Terra e que, naturalmente, compreende todos os fenômenos naturais e climáticos e que reflete o comportamento dos que nele habitam. Ele absorve tudo o que há de certo e o que há de errado. Absorve a preservação ou a destruição de seus recursos, o amor ou ódio entre seus iguais, a harmonia ou o conflito entre os seres mais evoluídos e os menos evoluídos...e reflete para todos os “presentes” dados a ela. O planeta agradece e retribui em iguais proporções. Então devemos ser fortes o bastante e sinceros em receber cada um deles, seja um pôr do Sol magnífico ou uma tsunami devastadora; uma vez que oferecemos para “ela” uma árvore nova ou um carro novo nas ruas, um momento de meditação pela Paz ou uma briga de trânsito ou dentro de casa; o amor por um ser vivo menos evoluído ou a matança covarde dele para consumo próprio ou fins egoístas; o agradecer pela dádiva de mais um dia de vida ou o reclamar de mais um dia de trabalho...

Não sejamos hipócritas em não querer nossa realidade atual ou fingir que não enxergamos as coisas que estão à nossa frente. É muito fácil apontarmos culpados para tudo e não vermos que somos nós, cada um de nós, o verdadeiro responsável por tudo que nos acontece e ao nosso mundo.

Sugiro cada um de nós focarmos no que vemos de fazer para a perfeita harmonia entre o eu, o grupo e o mundo e não mais reclamar ou maldizer o outro que está à nossa frente ou ao nosso lado, bem como as circunstâncias que cada um se encontra.

Renan Sposito
Enviado por Renan Sposito em 24/12/2009
Código do texto: T1993825
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