AVATAR...

PREDADORES....

Assistir a produção cinematográfica Avatar, não é apenas um deslumbre para os olhos, dada a tecnologia e o cenário no qual se ambienta a estória.

Avatar é chocante!! Uma luta pela sobrevivência. Uma proposição verdadeiramente revolucionária do conceito de evolução de espécie.

Em Avatar, a Terra não é invadida por alienígenas que buscam sugar os recursos naturais, a exemplo do que acontece em “Guerra dos Mundos” com Tom Cruise. Em Avatar são os humanos que invadem um planeta e buscam rechaçar seus recursos naturais. Pandora é um planeta com uma espécie de humanóides gigantes (para os padrões humanos) e que vivem em perfeita harmonia com o ambiente. Respeitam o solo que lhes dá acolhida. Não se consideram superiores, se consideram integrantes. Possuem uma relação intima como ambiente, no sentido mais místico e espiritual que essa relação possa ter.

Um exemplo disso é que quando eles dizem “eu vejo você”, eles não estão se referindo à aparência externa. Desenvolveram uma relação tão intima com a energia que corpora tudo o que é vivo, que não consideram “ver” uma relação meramente física. O “eu vejo você”, se reflete não apenas ao olhar para si como espécie, vai além, para tudo o que é vivo. Consideram que a energia não lhes foi dada, foi emprestada e um dia ela retornará à divindade.

Uma sociedade onde há amor, solidariedade e também conflitos, ciúmes...Respeito, hierarquia.

É neste planeta que chegam os predadores, os humanos.

O espelho está posto. Não são os alienígenas que são mesquinhos, gananciosos e egoístas, somos nós. Ocorre que é sempre melhor vermos na tela que somos nós os invadidos e as vítimas, no entanto este padrão de pensamento predador não pertence a outros, pertence a nós.

Escasseamos recursos e decidimos quem são os civilizados e evoluídos. Decidimos isso através de um parâmetro técnico e cultural que “diviniza” o supérfluo, o lucro desmedido e na esteira disso tudo banaliza a morte em nome do “divino vil metal”.

Avatar rompe um paradigma e nos coloca verdadeiramente diante de uma face que conhecemos e que ainda assim não conseguimos refrear, porque nela mergulhamos profundamente. Sabemos nossas mazelas, mas essa autocrítica tem sido estéril e burra, porque não avança para além disso.

Talvez existam predadores e espécies guerreiras pelo universo, mas talvez nenhuma tão vil quanto a humana, porque escrava é de baixos instintos e emoções desmedidas, uma combustão que levou séculos, mas começa a mostrar o reflexo da evolução(!?) a que chegou.

Pandora é uma ficção. E a Terra, já foi Pandora? ou será que precisaríamos de “pandorianos” para poder olhar para nossa Terra e dizer “eu vejo você” e então auxiliar na restauração de nossa Casa??

De qualquer forma não temos "pandorianos", mas tivemos o Cristo, Jesus Cristo! Que neste Natal possamos verdadeiramente "oferecer a outra face"...aquela que não foi ferida, aquela que está perfeita, incólume diante da raiva, da ganância, do egoísmo, aquela onde o amor faz morada!! Oferecer a “outra face” é desafiante, exige sacrifícios!

O Amor pelo pelo próximo foi o que Jesus veio nos lembrar e o próximo são todos os seres deste planeta, inclusive o planeta. Amor não pode ser teoria, ele é prática, não viemos aqui para nos ocuparmos somente conosco sem considerar os sentimentos, as necessidades e os quereres do próximo!

Feliz Natal!!!

Valeria Trindade
Enviado por Valeria Trindade em 23/12/2009
Código do texto: T1992013
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