Asneiras
Observe a espécie agarrada à folha, está por um fio, mas, por incrível que pareça o ser ainda mantém a esperança que de alguma forma a folha, na qual está agarrada milagrosamente, se regenere.
Afinal de contas pertence a uma espécie diferente de muar,que de alguma forma todos chamam burro, me pergunto porque. Se em virtude da sua teimosia ou da incrível capacidade que tem de prever os perigos à frente. E como todo ser incompreendido segue com a fama cruel da burrice.
Ela para e observa a sua volta, pensa em pular, mas se sente confortável e de certa forma percebe que o melhor é deixar que o pequeno pedaço de caule que prende seu frágil assoalho resolva um belo dia se deslocar e então num passe de mágica ela se veja compelida a tomar outro rumo.
Ora essa!!!!!!! Que animalzinho imbecil não se dá conta da fragilidade de sua condição .É preferível aos olhos alheios pular o quanto antes e procurar abrigo em terra firme.
Qual nada! O ser abjeto segue impassível batendo os olhos e fingindo tranqüilidade, uma maneira bem estranha de demonstrar que não existe perigo.
E sopra o vento.
-Ai, vai ser dessa vez que essa folha deixará a infeliz tarefa de sustentar o peso do morto vivo.