ANESTESIA
Há, em mim, um artista oculto
Um ser resoluto que não se sabe interpretar
Há um ser transfigurado
Que tem atarantado a minha forma de pensar
Há um equilibrista, totalmente calculista
com milhares dores a sentir
O que há em mim é sobretudo o cansaço
Me tornando um palhaço sem riso a sorrir
Vou seguindo meu caminho
Todo amarelado
Sem rítimo
Um ser sem direção
O que há, na verdade
É um poeta
Diariamente atleta
Da imperfeição.
Vicente