Ódio

Um olhar penetra a alma

Uma desilusão

Desfalece os sentidos

Faz incessível o espírito

De uma criatura qualquer

Um amor sincero

Que um dia

Por motivos severos

Fez-se em urgias

Dói o pranto

Dói o peito

Dor, simplesmente dor

A dor da razão

Da incerteza

Do não

Então vem o ódio

Sentimento impune

ao próprio amor

brava ferida

que dilata a alma

Há um coração que perdoa

Que luta pela reconquista

E outro que odeia

Mas porque odiar

Só o ódio é negro e sangra.

Carla Veloso
Enviado por Carla Veloso em 15/12/2009
Código do texto: T1979158