Ódio
Um olhar penetra a alma
Uma desilusão
Desfalece os sentidos
Faz incessível o espírito
De uma criatura qualquer
Um amor sincero
Que um dia
Por motivos severos
Fez-se em urgias
Dói o pranto
Dói o peito
Dor, simplesmente dor
A dor da razão
Da incerteza
Do não
Então vem o ódio
Sentimento impune
ao próprio amor
brava ferida
que dilata a alma
Há um coração que perdoa
Que luta pela reconquista
E outro que odeia
Mas porque odiar
Só o ódio é negro e sangra.