Cândida ou otimista?
Tenho medo de ao deitar descobrir
ser tudo quimera.
Sonho macabro.
Medo tenho de dormir e acordar.
E a personalidade que com esmero cultivei perdida
em sonhos de dias melhores se-me perder...
Triste seria,
pois qual homem sem seu orgulho,
ver-me-ia desprovida de minha essência.
De longe quero ser par de olhos
eternamente românticos,
cândidos...
Desejo, antes, o otimismo.
Onde poderá levar-me?
A perspectiva de que seja lugar melhor que aqui
já me basta.
Tola, pode ser essa ingenuidade...
de querer crer que num mundo tão real
ainda posso presevar minha essência,
matéria tão irreal...
Sonho de olhos [bem] abertos.