Vento
«[...] examinei as coisas que se fazem debaixo do Sol, e cheguei à conclusão de que tudo é fugaz, uma corrida atrás do vento: o que é torto, não se pode endireitar [...]» (Eclesiastes 1, 14-15)
Talvez a nossa vida (ou, como dizem, existência,
"sistência" exterior, portanto: sem "in-sistência"
em "per-sistência" impossível na vida fugaz por essência)
talvez a nossa vida, digo, seja um canto triste
ao vento, aos ventos que nos envolvem
por vezes subtis, por vezes úmidos,
mas sempre assexuados,
angelicais....