Ao acaso

Apesar da desilusão, tenho tentado ser forte.

A certeza de que tentei, de que fiz a minha parte, me confortam. Eu não saberia se não tentasse.

Só colhemos os frutos, se os plantamos. Que culpa eu tenho se a minha terra era infértil !!!

De que adianta me martirizar com pensamentos e perguntas, se nunca saberei as respostas. Não há respostas para tudo.

O gostar era meu, o amar era apenas meu. Amei e amo com voracidade , um amor incondicional, onde infelizmente só eu me doei. Me doei por inteiro, agir demais e pensei de menos. Não limitei meus sentimentos, não tive medo de tentar, mergulhei de cabeça numa relação que a princípio foi ao acaso, nada premeditado. O momento foi ao acaso, o envolver-se naquele momento foi ao acaso, mais levar a situação adiante foi premeditado, foi pensado.

Um ficar por ficar é ao acaso. Um pedido de namoro não!!!!

Como entender, como explicar o inexplicável.

É mais uma ferida, uma dor enorme. É mais um lamento, decepção, mágoa. Não eram estes os sentimentos que gostaria de ter agora, não deveria o amor dar espaço para que estes outros sentimentos se alojassem em meu peito . reduzindo assim o espaço que apenas deveria ser ocupado pelo amor.

As lembranças ao virem atordoam. Lembrar do que juntos vivemos, lembrar de como os finais de semana tornaram-se mais ensolarados depois que nos tornamos enamorados e que hoje não mais poderá ser assim, é doloroso.

Por que não se pode tornar o amor indolor, por que nem sempre se pode ser feliz com quem se ama ?

Sei que tudo agora já é finito, mais meu coração custa a aceitar .

Não sei como será, sei que será difícil aceitar, mais vou deixar a vida guiar, deixarei o tempo dizer....

E se o acaso existir, que ele se faça presente outra vez.

Krys Cardoso
Enviado por Krys Cardoso em 07/12/2009
Reeditado em 08/12/2009
Código do texto: T1964220