Revolta de um coração que ama...

E no meio do desconserto

Eu te vejo em outro par

Peço pelo meu sossego

Ou outra forma de amar.

Equilíbrio trafegando

Mil leões à minha volta

A canção que traz silêncio

Em meu peito traz revolta.

De minha sina não sei dizer,

Se me ilumina, não me perder.

Se me fascina, entardecer.

Sê minha mina, enriquecer...

Encher de tinta vai resolver!

Apenas sinta: já vou te ter!

E do regaço me despedir...

E no cansaço, vou me despir,

Sentindo o vento que não tarda vir,

Somente pra teu perfume seguir...

Me encontrar com o sol nascente,

Plantar flores no presente,

Saber que estamos contentes,

Fingir que a gente é gente,

Aprender a cuidar da mente,

Deixar o VERBO fluir de repente...

Se ainda assim você não sente,

Desculpa! Você é demente!

Exclusivo é etiqueta:

“loja de vidro, vitrine viva”,

Tiro certeiro, cadeira cativa.

Por trás da cortina,

Lágrima ativa...

Princípio da alma, alma perdida...

Bossa nova, revista e ampliada,

Não se acha em qualquer parada...

Mas o que vier de bandeja,

Põe na conta:

É uísque, não cerveja!

Náy Oliveira

29/12/2001