O CRIME DE PENSAR
Às vezes eu penso se devo pensar...
Mas ao me ver refletida já presa em meus pensamentos descubro que o dever e o ser andam tão distantes que já não se pode controlar o desejo imenso de pensar...
E as idéias se prendem e desprendem, atam e desatam, e dançam e bailam... Gritam e cantam, gemem e choram em rumores de dores e louvores.
São gestos incertos e eternos, intensos, serenos, amenos, pequenos, mais grandes de mais para o tão pouco que sou, se sou...
E quando se calam me invadem de silêncio, o mais sincero das palavras que nunca foram ditas, nessa verdade relativa que é a vida.
Tão vasta, tão nada e cheia de pensamentos presos, censurados, amarrados, apagados e banalizados pela pequena maioria que pensa que pode apagar os pensamentos.