MEDO

Esse dia, não sei lhe explicar

Uma dor pungente me dominou

Senti algo que nunca sentira

As cores como que perderam o viço

A morbidez tomou conta do meu peito

E senti como que uma coisa ruim

Não sei se meu corpo ressentiu minha alma

Ou se a minha alma ressentiu meu corpo

Pensei, estou só em todos os lugares

Mas quem pode mesmo garantir

Que não foi sentida a pura realidade

Que acordei por uns minutos de um sonho longo

A noite foi agitada

Mal preguei os olhos

Imagens contundentes

Surgiram na minha mente

E se fizeram imagem na minha retina

Nessa hora lhe confesso

O medo tomou conta do meu ser

E a alma e o corpo se apavoraram

Como se eles fossem da mesma essência

Passei a pensar diferente

Mas ainda não deixei de agir diferente

Pensei e olhei a Terra é como um grande hospital

Pessoas com diferentes dores para todos os lados

Não pensei

Como o pessimista só na doença

Enxerguei a cura

E como o tempo nos é precioso

E como o deixamos escorrer entre os dedos

Depois, dormi

QUINKAS
Enviado por QUINKAS em 27/11/2009
Código do texto: T1946699
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