MEDO
Esse dia, não sei lhe explicar
Uma dor pungente me dominou
Senti algo que nunca sentira
As cores como que perderam o viço
A morbidez tomou conta do meu peito
E senti como que uma coisa ruim
Não sei se meu corpo ressentiu minha alma
Ou se a minha alma ressentiu meu corpo
Pensei, estou só em todos os lugares
Mas quem pode mesmo garantir
Que não foi sentida a pura realidade
Que acordei por uns minutos de um sonho longo
A noite foi agitada
Mal preguei os olhos
Imagens contundentes
Surgiram na minha mente
E se fizeram imagem na minha retina
Nessa hora lhe confesso
O medo tomou conta do meu ser
E a alma e o corpo se apavoraram
Como se eles fossem da mesma essência
Passei a pensar diferente
Mas ainda não deixei de agir diferente
Pensei e olhei a Terra é como um grande hospital
Pessoas com diferentes dores para todos os lados
Não pensei
Como o pessimista só na doença
Enxerguei a cura
E como o tempo nos é precioso
E como o deixamos escorrer entre os dedos
Depois, dormi