CRIANÇA
A bola vazia num canto
Crianças juntas ao relento
Os risos ecoam pelos cantos
A felicidade parece estar por todos os lados
Mal sabem eles
Que do outro lado da rua
Pobre criatura escuta aos prantos
Como um lamento a todos os santos
Uma lágrima lhe escapa
Como a lhe banhar a própria alma
No peito mora a resignação
Que ele tenta que não faça barulho
Mas que soa como um trovão
Aquieta-se no canto
Aquieta-se no chão
Por momentos pensa
Que se encontra numa prisão
De si mesmo