DOR

O coração corre mais que o costumeiro

O peito arfa em sinal de cansaço

Os músculos sofrem

Com esse andar meio desandado

O ar me falta

A cabeça dói

A dor se expressa

De forma pungente no corpo

Mas que cala é o sentimento

A dor quem sabe de onde provenha

Quem sabe da alma

Mas como pode ela doer

Começo o raciocínio

A procurar o motivo

No finito do meu corpo

E acabo sempre no infinito d’alma

Procuro por ti

Procuro por mim

E não encontro nós

Então sozinho me pego

Olho para o chão

Custo a levantar o olhar

Quem sabe se por que

Aquele esteja mais perto deste

Quem sabe as coisas do homem

Estão cá na Terra

Enquanto as do Senhor

Estão lá para o céu

Despeço-me chorando

Me pego cantando

E acabo sonhando

Num turbilhão de pensamentos

QUINKAS
Enviado por QUINKAS em 25/11/2009
Código do texto: T1942838