SOBRE O TRABALHO

O QUE ENOBRECE MAIS: O PRAZER OU A NECESSIDADE?

Primeiro o homem caçava e pescava para a sua sobrevivência. Aí, nas suas horas de folga, fazia as coisas por puro prazer. Se fazia uma cadeira, por exemplo, era para satisfazer um desejo interior de criação (diversão e arte). Nunca para vender, ganhar dinheiro. E esse foi o grande mal, talvez: o dinheiro. Com ele veio a acumulação, a propriedade, a ganância e o homem perdeu o controle sobre o seu trabalho. Conseqüentemente, foi perdendo também o prazer. Foi virando sujeição, necessidade e obrigação. Ainda é possível encontrar alguma satisfação com o trabalho. Mas isso é reservado àqueles momentos em que se é recompensado com o pagamento ou algum reconhecimento. O que não é o caso da esmagadora maioria da população. O ideal seria encontrar uma forma de tornar prazerosas as tarefas cotidianas, para o bem de uma mente e corpo saudáveis.

Felizes daqueles que podem se dedicar a uma profissão naquilo que realmente se entregam com prazer, satisfação, como se fosse seu o produto de todo o seu esforço e criação. Infelizmente, a grande maioria tem que se contentar em fazer apenas aquilo que lhe garante o sustento.