Sobre a fidelidade.
Temos um amor.
Vivemos com um amor.
Somos felizes.
Agradecemos por esse amor.
E esquecemos as ligações antigas.
Somos racionais.
Sabemos como agir e o que fazer,
mas o coração não é tão racional assim.
O coração recorda.
Recorda outros ombros, outras mãos e outros lábios.
O coração divaga e pensa como poderia ter sido.
Ele nos trai e bate forte quando não deveria.
Não entende 'nãos'.
Não segue conceitos sociais de fidelidade
e é capaz de amar mais de um,
de diferentes formas.
As ligações que temos com as pessoas são especiais,
são fortes, impulsivas e, muitas vezes, inexplicáveis.
Devemos saber lidar, saber peneirar e escolher.
Escolher não é somente privação.
Saber escolher é ser inteligente.
É optar pelo amor sincero, pela felicidade e pela segurança.
Qualquer um pode enganar ao outro e a si mesmo.
Somente quem entende a si e as contradiçoes do próprio coração,
aprende a lidar com elas.
O passado é nostalgia, arranha e machuca.
O presente está nas nossas mãos,
nas decisões que tomamos e na nossa forma de administrá-lo.
Mesmo o amor sendo forte e sem medidas.