Sobre a fidelidade.

Temos um amor.

Vivemos com um amor.

Somos felizes.

Agradecemos por esse amor.

E esquecemos as ligações antigas.

Somos racionais.

Sabemos como agir e o que fazer,

mas o coração não é tão racional assim.

O coração recorda.

Recorda outros ombros, outras mãos e outros lábios.

O coração divaga e pensa como poderia ter sido.

Ele nos trai e bate forte quando não deveria.

Não entende 'nãos'.

Não segue conceitos sociais de fidelidade

e é capaz de amar mais de um,

de diferentes formas.

As ligações que temos com as pessoas são especiais,

são fortes, impulsivas e, muitas vezes, inexplicáveis.

Devemos saber lidar, saber peneirar e escolher.

Escolher não é somente privação.

Saber escolher é ser inteligente.

É optar pelo amor sincero, pela felicidade e pela segurança.

Qualquer um pode enganar ao outro e a si mesmo.

Somente quem entende a si e as contradiçoes do próprio coração,

aprende a lidar com elas.

O passado é nostalgia, arranha e machuca.

O presente está nas nossas mãos,

nas decisões que tomamos e na nossa forma de administrá-lo.

Mesmo o amor sendo forte e sem medidas.

Papandrea
Enviado por Papandrea em 20/11/2009
Reeditado em 20/11/2009
Código do texto: T1933398