Eu ando, eu vejo, eu sinto, eu falo, eu penso...eu amo...

Está muito calor onde estou, assim como está muito calor em todo esse estado lindo que moro ( São Paulo ), e vejo as pessoas na rua indo e vindo assim como eu, sorrindo, preocupadas, bravas, reclamando do calor, refrescando o calor com um gostoso sorvete como a menininha que vi hoje cedo...Eu vinha pela estrada e subindo a serra de uma cidade do interior paulista vi o sol batendo em pinheiros e aquele sol refletia a luz daquelas lindas arvores com um vento suave e quente...Eu vinha cantando sozinho por esse caminho, vendo os carros que vem e vão, destinos diversos, caminhos diferentes, o calor estava igual, mas a maneira de se refrescar é diferente. Vinha cantando e de repente desliguei o som e começei a poetizar pelo ar, oque falei não lembro, oque senti posso dizer, refresquei o calor, o momento e limpei o suor com os versos soltos ao vento, levaram para os céus meus desejos, meus anseios, meus pedidos de paz e de complacência comigo mesmo...Pedi ao vento para levar beijos e paz a muitas pessoas, inclusive para vocês que lerem esse texto, saibam que o calor é muito, a paz também pode ser muita, a compreensão também assim pode ser, e saibam todos que o vento me trouxe uma resposta antes mesmo de eu lhe perguntar algo, me disse que ele sempre estará a disposição para refrescar o calor que sentimos, disse também que as águas estarão a nossa disposição, e que os rios, os mares e os lagos estão nos esperando, disse também que um sorriso pode refrescar assim como ele faz, e me disse que uma vida reclamada e não vivida é como um silencioso furação que devasta tudo ao redor e joga longe...eu falei com o vento, eu vi o vento, eu ando pelo vento, eu amo o vento, amo ser vento, amo ser água, e amo amar, andar ver, sentir, falar, pensar e poetizar...ops...ja ia me esquecendo, há duas formas de escutar o vento, recebendo o vento ou indo atrás dele, por exemplo, tem dia que não venta, mas podemos fazer vento, correndo, abrindo os vidros do carro, com um som bom no carro, e sorrindo por ai, façamos como o vento...tem muitos que nos verão e falarão, "é loucura" e reclamarão do calor, mas eu não, quero mais é ventar, mergulhar nas águas da vida e para isso preciso de gente mais louca comigo..."quem se candidata, por favor começe a ventar e leve frescor para onde fores..."

obs: dedico essa crônica a todos poetas que são ventos, mas as vezes são vendavais, que refrescam, mas as vezes devastam, que riem, choram, andam, veem, sentem, falam, pensam, amam e poetizam pelos 4 cantos do mundo...que nossas palavras sejam alguma coisa para as lacunas desse nosso mundo e que possamos assim um pouco mais compreender nossa tragetória nessa louca história chamada vida...

abraços poéticos a todos...

Fer v.c.

Fernando Lobos
Enviado por Fernando Lobos em 19/11/2009
Reeditado em 20/11/2009
Código do texto: T1932622