A FOLHA

Uma folha cai,

Espetáculo maravilhoso

Que se repete milhões de vezes,

Sem que nos apercebamos uma vez,

ou outra

Nela esta contida todas as leis,

Ela cai, cai, rodopiando como uma bailarina

Desafiando a inteligência de Newton,

Que demorou anos para descobrir o seu

bailado

Se lança no espaço, deixando a vitalidade

da particularidade da função da vida, para integrá-la

Na vida plena.

Ela cai, cai, rodopia como uma bailarina que deixa o palco da vida para agora engrossar os bastidores do universo

Pousa no chão, se acomoda na terra, pensa, suspira, como se saudade já sentisse

Como se mirasse para o universo e se acomodasse para um sono eterno

Como se esta lhe recebesse com um enorme beijo

O beijo da saudade

De fato, vá lá saber se não é amor antigo,

Vá lá saber se não eram amantes a moda de Platão

A distância fazia aumentar o amor,

O amor redobra o tempo

E o tempo triplica a saudade

Mas pensa ela: porque o amor

transforma o tempo que é uma dimensão

numa simples marcação que custa tanto a passar

Mas agora os enamorados juntos estão,

E se fundem como se um só fosse

Num amor mais que eterno, que é conjugado,

conspirado, e comungado pela eternidade.

QUINKAS
Enviado por QUINKAS em 18/11/2009
Código do texto: T1929974