Covardia Intelectual
É louvável o indivíduo que aplica-se com sagacidade em busca do conhecimento de qualquer natureza, que lhe permita ver o mundo valorizando todos os elementos que preenchem a atmosfera terrestre. Idealizo a escrutinação como uma alternativa capaz e eficiente para nos fornecer entendimento necessário, ainda que limitado, que nos possibilite a elaboração de meios para elevar o nível de condição de vida de todos os seres.
Esta tarefa requer muita bravura, pois ainda quando estamos em pleno processo de maturidade da nossa consciência e do nosso intelecto somos sabatinados inesperada e constantemente, com rigor e complexidade, suscitando polêmica, desconfortos nos ambientes dos quais fazemos parte. Penso eu que, infelizmente, na maioria das vezes falhamos na decisão tomada no intuito de obter o melhor resultado, por mais que as atitudes estejam veladas por boas intenções, todo nosso apredizado que é útil para a compreensão e solução dos conflitos e desequilíbrios é omitido, dando vazão à conveniências mesquinhas, suprimindo e combalindo o heroísmo dos grandes pensadores de épocas remotas que nos deixaram um legado de rico conhecimento.
Por que pesoas que adquirem algum nível de instrução nas universidades se nega aplicar os métodos aprendidos para se aproximar da verdade na sua vida prática? Por que passoas inteligentes baseiam suas vidas em mitos e fantasias? Estas perguntas exigem serem respondidas com mais honestidade do que com inteligência.
Então começamos a agir como covardes, não conseguimos ir além da retórica (que nem sempre a temos), nos calamos, negamos nosso poder de raciocínio, entorpecemos nosso senso crítico, nós deixamos nossas forças serem drenadas até que a inércia dos fundamentalistas consiga exorcismar a sabedoria que resistiu as forcas, ao calor das fogueiras inquisitoras, em favor da liberdade (em toda extensão da palavra) de pensamento.
Sim, acendam o farol do conhecimento e lance sua luz sem medo do seu reflexo. Não nos intimidamos em face aos que optaram viver com o cérebro em "off", questionemos nosso estilo de vida e toda informação que nos é apresentada. Nosso grau de civilização ainda não chegou em uma condição ideal, pois ainda a maioria de nós não possuímos os meios necessários que nos possibilite o uso do nosso livre arbítrio de forma consciente, responsável e fraterna.
Sejamos bravos para encararmos o que nos impede de expandir nosso conhecimento real dos fatos, melhorar nossas relações com a biota e premover as transformações pela elevação da qualidade da vida.