Angústia da Falta

Hoje acordei com uma angústia lancinante.

E fiquei a refletir sobre nossas dificuldades em lidar com a falta, falta que nos aponta para um vazio radical. E como de repente nos pegamos numa complusão para obturar as locunas dessa ausência. E o que ganhamos com isso? Um vazio ainda maior...

Uma saída, talvez, seja produzir a partir dessa falta. Afinal, não é a partir da falta que surge o desejo? Desejar por si talvez não seja suficiente para mitigar a dor, a angústia da falta. Mas com desejo podemos nos lançar a novas construções, atuar através da sublime-ação. Sair das nossas queixas e nos implicarmos com a vivência do nosso bem-estar. Sair do discurso de vítima, culpabilizador do outro.

Mas é claro que esse percurso não se faz desacomapanho de angústia, de sofrimento. O que não devemos permitir é que esta angústia seja paralizante. Se não vivermos para matá-la (matar a angústia simbolicamente), morreremos enquanto sujeitos do desejo.

E eu...ainda continuo com a minha dor...porém, em movimento!

Any Morais
Enviado por Any Morais em 09/11/2009
Reeditado em 26/11/2009
Código do texto: T1913557
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