Angústia da Falta
Hoje acordei com uma angústia lancinante.
E fiquei a refletir sobre nossas dificuldades em lidar com a falta, falta que nos aponta para um vazio radical. E como de repente nos pegamos numa complusão para obturar as locunas dessa ausência. E o que ganhamos com isso? Um vazio ainda maior...
Uma saída, talvez, seja produzir a partir dessa falta. Afinal, não é a partir da falta que surge o desejo? Desejar por si talvez não seja suficiente para mitigar a dor, a angústia da falta. Mas com desejo podemos nos lançar a novas construções, atuar através da sublime-ação. Sair das nossas queixas e nos implicarmos com a vivência do nosso bem-estar. Sair do discurso de vítima, culpabilizador do outro.
Mas é claro que esse percurso não se faz desacomapanho de angústia, de sofrimento. O que não devemos permitir é que esta angústia seja paralizante. Se não vivermos para matá-la (matar a angústia simbolicamente), morreremos enquanto sujeitos do desejo.
E eu...ainda continuo com a minha dor...porém, em movimento!