Qual é o Sentido da Vida?
O filósofo Arthur Schopenhauer disse certa vez: “Se Deus não existe, qual é então o sentido da vida?” Schopenhauer era ateu, e dizia que em si a existência não possui nenhum sentido.
Muitos dizem e afirmam que Deus tem que existir, se não a vida seria vazia, banal, sem valor, insignificante.
Ora, a vida sem sua mulher a qual possa ter falecido em um latrocínio, pode muito bem ser intolerável, estéril, vazia, mas isso infelizmente não impede e nem muda o fato que ela esteja morta. Há algo de pueril na idéia de que outra pessoa tem a responsabilidade de dar sentido e objetivo a sua vida. Alguém tem de ser o responsável por seu bem-estar; ou alguém tem de ser o culpado se você está machucado, doente, ou infeliz.
A visão verdadeiramente madura e sensata, pelo contrário, é a de que nós é que decidimos se nossa vida será significativa, plena, e prazerosa. A consciência de que temos apenas uma vida aqui neste planeta deveria torná-la ainda mais preciosa e valiosa. Se a eliminação de Deus ou de crenças hipotéticas vai deixar lacunas em nossa vida, cabe a cada um de nós saber preencher essas lacunas com lucidez.
Como já disse o brilhante poeta Álvaro de Campos:
"És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjectividade objectiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?"
E como já disse Nietzsche: “Não é porque Deus não existe que signifique que a existência não tenha sentido; e não é porque a morte existe, e é certa para todos nós, que signifique que a vida não tenha o seu devido valor”.