Semiologia
O suplício da mente peregrinando pelo abismo da Incerteza,
O fogo de Prometeu fumega das retinas rareadas de corações heurísticos.
O alento do Sol sucumbe a cada segundo,
Enquanto a humanidade só pensa
em buscar sua própria “felicidade” antropocêntrica.
Todos os líderes religiosos e facciosos são uma súcia de aves de rapina.
A Ciência decriptando o misticismo da Existência,
Os míopes teístas são misósofos mitificantes,
Panteificando tudo o que suas mentes raquíticas não compreendem,
Ou que não querem compreender...
Toda a Pansofia criada e descoberta até agora é ainda uma gota pluvial
que beija o Oceano hermeticamente cosmológico.
A Logosofia copulando aos berros com a Cosmogonia...
A intensificação da idéia do pecado,
(Criando uma crise atroz de culpa na alma dos cristãos
devido o auto-sacrifício de Ieshua em prol de seu rebanho)
é o principal aguilhão retórico utilizado pelos católicos e protestantes.
A divinização de mistérios gera riquezas e controle em massa
Nas mãos da falange sacerdotal.
Acorrentados pelo medo do que possa haver por trás da porta intangível da Morte,
Enquanto Deus, aos prantos, canta o Absurdo da Existência
em seu camarim imperscrutável,
E os bípedes humanos se vangloriam de suas conquistas ainda tão arcaicas.
A pior coisa ao se pensar sobre Deus é que, infelizmente,
Ele é um grande desperdício de potencial.
A Onisciência e a Onipotência são incompatíveis entre si:
Se Deus é onisciente, ele já tem de saber que vai intervir
para mudar o curso da história utilizando sua onipotência;
contudo isso significa que Deus não pode mudar de idéia sobre qualquer intervenção,
o que significa que Ele não é onipotente.
A Sabedoria faz avidamente sexo oral na genitália da Loucura,
Ambos em cima do palco da insondável Esfinge,
Perante as retinas boquiabertas de todos os organismos vivos.
“O Erro não reside nas coisas, mas nas opiniões construídas e inseridas sobre as coisas”.
Gilliard Alves