o livro dos Segredos
Os astros passeiam pelo universo
Buscando os limites
Da força expansiva que os repele.
Muitos andam agora
Por trilhas deixadas no passado.
Foram estrelas que na juventude do seu calor
Projetaram aos confins do abismo
Seus corpos flamejantes;
(Uma louca corrida em busca do desconhecido).
Nos tempos idos
Que a imaginação faz presente,
O Caus chamou-se mundo
E o que reinava naqueles dias
Tornou-se o princípio do fim.
Colisões de galáxias,
Átomos fundidos se transformam,
Nuvens de gazes
Pairam tenebrosas, misturam-se,
Criam formas diferentes,
Logo haverá vida.
Algo pulsante no escuro das águas,
Minúscula criatura, mãe de todos.
Tão frágil, tão importante,
Fez-se única de todas as formas.
Os tempos primeiros foram passados
Os tempos finais ainda por vir.
Entre as extremidades
Dessas duas verdades paradoxais,
Existi.
Estive presente por breve momento
Apreciando o desenrolar da história maior.
“Impressiona a grandiosidade do todo.”
Abro a boca a proferir frases ditas e esquecidas,
Repetindo pensadores, magos ou profetas.
Questiono como poucos
Que se entregam aos delírios alucinógenos
Do cérebro expansivo.
A presente posição
Que encontra-se assentado
O livro dos segredos, não contenta.
As páginas continuam sendo escritas
Da maior aventura de todos os tempos.
Somos os atores, os críticos, os espectadores,
Desempenhamos um papel de destaque
Nas folhas do tempo.
O passado vai se materializando
Na conclusão dos fatos.
O presente é vivido na busca dos extremos.
O amanhã começa a ser definido na escuridão
Pelos pensamentos iluminados do agora.
As estrelas passeiam pelo Universo.