Pensamentos Insones
Eu fico irritada porque parece que eu to sempre do lado de fora do vidro, olhando pra dentro do que for, mas não estou lá.
Eu podia um monte de coisas, mas eu tenho tudo diferente, tão diferente, que às vezes nem parece verdade, nem parece que é comigo. Então como os outros podem palpitar, sugerir, auxiliar, se tudo o que eles estão vendo não representa coisa nenhuma.
Eu vejo uma coisa com os olhos abertos e outra com eles fechados. Agora eles quase não fecham mais, ficam arregalados, em alerta, e não ajudando em nada.
É cruel às vezes do amanhecer em surgir de repente, podia deixar a noite se estender um pouco mais, em suas tensões insones recobertas de incertezas e inseguranças. Assim que de pé, elas se tornam verdade, sob a janela fechada, com poucas frestas para os raios de sol. Sol que desde já anuncia e determina que mais uma chance se foi. Te anestesia em sufoco para suportar mais horas vazias, até a lua se esconder entre as nuvens e tirar todas as mascaras, trazendo gotas de suor em pensamentos inquietantes que questionam a realidade enclausurada e se fecham em mistos de sonhos e pesadelos, que retomam as partes tensas e ruins da jornada, e destroem sua vontade de tentar para não parar de novo ali, onde a memória ainda guarda.
Enquanto a Terra gira, o sol sempre nasce no mesmo lugar. E eu já sei, não importa o quanto me movimente não posso mudar.
Eu fico irritada porque parece que eu to sempre do lado de fora do vidro, olhando pra dentro do que for, mas não estou lá.
Eu podia um monte de coisas, mas eu tenho tudo diferente, tão diferente, que às vezes nem parece verdade, nem parece que é comigo. Então como os outros podem palpitar, sugerir, auxiliar, se tudo o que eles estão vendo não representa coisa nenhuma.
Eu vejo uma coisa com os olhos abertos e outra com eles fechados. Agora eles quase não fecham mais, ficam arregalados, em alerta, e não ajudando em nada.
É cruel às vezes do amanhecer em surgir de repente, podia deixar a noite se estender um pouco mais, em suas tensões insones recobertas de incertezas e inseguranças. Assim que de pé, elas se tornam verdade, sob a janela fechada, com poucas frestas para os raios de sol. Sol que desde já anuncia e determina que mais uma chance se foi. Te anestesia em sufoco para suportar mais horas vazias, até a lua se esconder entre as nuvens e tirar todas as mascaras, trazendo gotas de suor em pensamentos inquietantes que questionam a realidade enclausurada e se fecham em mistos de sonhos e pesadelos, que retomam as partes tensas e ruins da jornada, e destroem sua vontade de tentar para não parar de novo ali, onde a memória ainda guarda.
Enquanto a Terra gira, o sol sempre nasce no mesmo lugar. E eu já sei, não importa o quanto me movimente não posso mudar.