Profanação

É teu o nome (qual nome?) que chamo, às vezes

Sozinha, olhos na escuridão

da noite que parece nunca acabar.

São as tuas mãos que imagino

quando fecho os mesmos olhos

e acabo tocando aquele que te espera...

Máquina da alma!

Ilusão etérea que toma conta

da pesada carne!

São teus o os olhos que

deveriam abrir-se ao meu lado...

É isso que meu corpo me diz...

E fechar-se no cansaço da madrugada.

Ternura...

inocência talvez...

O que falta a todos nós.

É tua a imagem que está em minhas orações.

Não por seres santo...

Mas por não ter coragem de te tocar.

Sem presença

sem conexão

sem um beijo

sem profanação.

Caroline Garcia Cruz
Enviado por Caroline Garcia Cruz em 03/11/2009
Reeditado em 19/01/2011
Código do texto: T1902359
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