Porque amo?

Porque amo sempre?

Porque insisto no amor?

Me pergunto isso sem saber

Sem pressupor

Que o amor ele nasce

mesmo em momento de torpor

Não se planeja,

Não se premedita

Ele simplesmente chega e fica

Ou se esvai sem chegar,

Mas no final das contas

O amor é vital

Nos conduz,

Nos anima

e nos fortalece

Diante de tantas tristezas

O amor enobrece,

nos torna capazes,

sentimos possuir vida,

valor,

calor

e o amor?

Ah esse amor

Em movimento ou talhado

Mudo ou ousado

Querido ou desviado

Vivo ou estagnado

Contradições de querer

Eu só sei que quero,

ah como quero,

sentir o que tiver que sentir,

doar até doer

receber até encher

Viver até morrer.

Quero vivê-lo na melhor das concordâncias

No infinito das regências

No calor dos adjetivos

No pulsar dos advérbios

No frear dos substantivos

Só me importa sentir

No sentido de um provérbio

Que para tudo tem uma explicação.

Karla Figueiredo
Enviado por Karla Figueiredo em 01/11/2009
Reeditado em 01/11/2009
Código do texto: T1899500
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