Sorriso de metal
Sorrio pelas multidões
Um sorriso de metal.
Estava atirando lágrimas
Prevendo as falhas
Que há,
Na imensidão.
Quebro o meu contorno
Porque não há de ter o seu.
Um moinho controlado
Que as folhas nem parecem ser.
Sou o cego que aparenta
Um descuido de visão
Mas, é tudo parte,
Da minha cena,
Pra não chamar a atenção.
Quero ver o sol nascer
E dormir com ele só.
Pra que a rede se encaixe
E o corpo possa repousar.
Sempre as mesmas formas
Que garantem a loucura.
Mas a fonte é tão banal
Que se esconde atrás da linha.
Que se vende então a vida
Por um troco de aflição.
Pelo medo de morrer
Já se fez mais um defunto.
Que vivia moribundo
Sempre achando a solução
Em problemas invisíveis
Que se escondem na paisagem
E só passam pra quem enxerga
Sobre a luz, a linha reta.
Às vezes eu via
Alguns caminhos novos.
Eu estava,
Sozinho.
Sempre vagando
Por lugares inabitáveis.
E era na cilada
Que havia reação
Que gritava então minha voz
Que batia no meu corpo
Toda a força do controle
De um braço comandado
Pelo estado, seu vigário.
Que dizia, sou a força!
Obedeça ou compadeça
Era a lei daquele lugar.
Que quem desrespeitasse
Era um corpo em decomposição.
Era uma mãe chorando o filho
Um pai sem destino.
Era uma idéia embaixo do chão
Pela manutenção da confusa ordem.