Cotidiano
O tempo escorre entre os dedos
O calor da primavera é diferente
Há tanta pressa para chegar
Há muito para esperar
Sonhos se desfazem sem mais
Os sorrisos são escassos, amarelados
As mãos se retraem, os olhos se desviam
O ser humano se fecha em copas, em portas
O tempo nos faz prisioneiros de nós mesmos
A rotina nos cega, embriaga e mata lentamente...
Em pequenas doses de solidão.