Martírio
Meu amor partiu, talvez nunca mais volte, e se voltar, terá outra, e em meus braços, nunca mais repousara. Somente o que restou, foi às lembranças, e o vazio da solidão, nunca mais sorrir, jamais amar, chorar, chorar, apenas chorar…
Amor meu, que partiu e me deixaste desiludida, a vagar delirando de amar… nunca mais, você e eu nunca mais, agora te ver sorrir, só se fechar os olhos, e buscar as imagens no passado, imagens de um amor que foi abandonado…
Dentro do peito, fragmentos de esperança, do amor apenas amargura, a desumana realidade, resíduo a se lançar ao vento, que espalha velozmente a tristeza agonizante, o vácuo, o nada, o pesadelo de momento…
Como compor, sem você será assim os meus versos, agressivos, ocos, ridículos, dispersos… amar não mais, agora buscar nesse vazio que me resta, a alma dos versos, que falarão o que sinto, em lagrimas, compor mesmo que sejam hostis ou pacíficos, sem versos e rimas, e neles nunca mais terá espaço para o conteúdo amor…
Daiane Garcia *eumesma
06 de abril de 2009