Lagrima de Brasa
Não é a primeira vez que choro, muitas lagrimas já derramei, mas de todas que já deslizaram em minha face, nunca, uma queimou tanto como essa, que passeando, vagarosamente, desliza em meu rosto, essa queima como brasa, e não tem a menor pressa de passar, desliza como se fizesse questão de marcar minha face, e ferir meu coração.
Dos olhos avermelhados, cai uma lagrima, pois tenho a certeza que não é a ultima, mas é a que minou dos meus olhos, para marcar definitivamente minha face, a partir de agora, sempre que olhar o espelho, ou tocar o rosto, eu irei sentir, o calor da lagrima, a percorrer em minha face, caindo, perdida no vazio do espaço, se esborrachando no chão, e sempre que tocar-me a face, irei ouvir o som da lagrima, que agora me queima a pele.
O difícil, não é suportar essa lagrima a deslizar lentamente em minha pele, e nem será a lembrança que me trará no futuro, difícil, é suportar a dor, que minha alma, sentiu para liberar tão dolorido liquido, uma lagrima muito triste, que já não foi suportado dentro do peito.
Que sofrimento carrega meu coração, para golfar tanta dor, não consigo sentir meu coração, sinto apenas um vazio, e dentro desse vazio, algo queimando, queimando muito, mas é meu coração, que ferve, tentando suportar as feridas, causadas pelos sofrimentos da vida.
E esta golfando, não é sangue, é fogo, minhas veias pulsam, queimo por dentro, mas minha pele esta, gelada, geladíssima, dos olhos, vaza um liquido ardente, que anunciam o fim de tudo, tudo de bom, que existe dentro de mim. O fogo destrói, e, em breve, serei apenas uma lembrança, e aqui restará apenas, uma brasa em chamas.
Daiane Garcia *eumesma
03 de abril de 2009