Confusa, confusa!
Falam-me, e eu não escuto, não é o que quero ouvir;
Mostram-me, e eu não vejo, não é o que eu quero ver,
Criticam-me, e eu não ligo, critica maior, faço eu, a mim mesma;
Sigo em frente, de cabeça erguida, embora tenha os pés feridos, causadas pelas pedras, que não desvio, por não olhar no chão.
Olho sempre no horizonte, jamais abaixo á cabeça.
Mesmo se estou em um buraco, vejo apenas o céu, a cabeça eu jamais curvarei,
Não olho para trás, embora ande com o passado, nas lentes dos meus óculos.
Jamais choro, mas hora ou outra, lavo os olhos, com um liquido salgado, para aliviar minhas dores,
Estou sempre sorrindo, sorrir minha dor, apenas para não demonstrar o que sinto,
Minha dor só aumenta, quando admito esta doendo, caso não admito, não sinto nada.
Brigo pelo que quero, não desisto, posso dar um tempo, mas desistir nunca;
Confusa, confusa, não sei o que quero, mas sempre tenho certeza de tudo.
Metade de mim é tudo, é multidão, é permanente é peso, a outra parte é ninguém é estranheza é vazio, solidão.
Sou o que sou, sou assim, goste quem quiser, não preciso que gostem de mim.
Daiane Garcia *eumesma
27 de março de 2009