As Namoradas

Não sei... Às vezes tenho a impressão que posso ser feliz sem ninguém e acho que posso mesmo, e até que consigo.

Mas sinto constantemente a falta de alguma coisa, que acho que já senti, me sinto meio vazio, mas também mais inteligente, menos estúpido e mais racional, mas o engraçado mesmo é que sempre que evoluímos para esse "estágio" sentimos falta do anterior, uma nostalgia tímida, o egoísmo bobo que é sentir-se necessário para alguém e essa lacuna realmente significa bastante para o ser humano, ao menos para mim.

Ter significado para alguém, talvez isso seja bobagem da minha mente, que está começando a sentir falta das musas inspiradoras que antes aqui passeavam, o que tenho agora são trechos de paixão, é como ver aquele filme de que você gosta e parar bem no começo, é como se todo ser precisasse ser estúpido para ser feliz por um contínuo período de tempo, seguido, é claro, por arrependimento.

É como se tivéssemos duas consciências:

A apaixonada, que por vaidade te faz crer que você é bom o suficiente para durar para sempre.

A racional e preguiçosa fã das exatas que acha desnecessário esse trabalho todo, muito simplista.

Essas duas são como os relacionamentos de hoje... Uma é a tentadora, mas a outra será tua companheira que sempre te avisa e a para qual você sempre volta arrependido. Meus amigos me dizem que o importante é não se apegar, realmente deve ser o mais sensato a ser feito, mas que evolução há nisso? O que te acrescenta? Cair para melhorar, não é disso que se trata o amor?

Sinto como se pendesse constantemente entre realismo e romantismo, assim que para mim sou meio ambíguo e um pouco volúvel, acho que todo mundo é assim, mas não se dão a liberdade de pensar, não? O “gostar” e o “amar” são como uma síndrome do transtorno obsessivo compulsivo há neles uma necessidade de cautela para não se tornar maluco.

Deadeye Poem
Enviado por Deadeye Poem em 29/09/2009
Reeditado em 14/01/2012
Código do texto: T1838262
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