A vida da inconsciência humana

Andei por esta vida, sem rumo, posto que por aqui tenha aparecido muito novo ainda, pois, não passava de mero nascituro. Fui paparicado por todos os lados. Porém, um dia me apercebi velho e, me pus a escrever o que havia achado de existir, sem ao menos compreender inteiramente. Porém, tudo o que previ pelo óbvio da vida foi acontecendo. Fui jovem forte, saudável, trabalhei, estudei, casei, tive filhos e netos. Agora sou viúvo de um amor fraternal, que durou mais de quatro décadas. Parece-me um sonho esse tempo ter passado com incrível rapidez. Então a mim me restou o sonho de um passado risonho. Agora sonho com o meu passado, vendo meus dias floridos, transportando-os ao presente no aprendizado de belas recordações. Assim vou vivendo meus últimos dias de alegria como se fossem os primeiros. Talvez por isso os idosos retornem à infância, a de ser criança. Ser criança é muito bom, nela não existe a ilusão, tudo é sonho. Ou você pensa que sonhar é ilusão. Na realidade ilusão é pensar assim sem se atinar que, “sonhar é viver”. Assim sou como elas, esperançoso no futuro já que pude perceber que a mente cria a vida e a morte. As crianças são as personagens de meus sonhos. Quando sonho, literalmente vivo vida bela, colorida de cores inefáveis com profundo cheiro de amor. Amor diferente destes apregoados aqui nesta vida.

Somente quando não se acorda mais, pode-se entender esta nossa existência.

Jbcampos

jbcampos
Enviado por jbcampos em 22/09/2009
Código do texto: T1824731
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