Penso EU (Sem Ofensas...)
Penso Eu, Sem Ofensas
Acaso poderia a flor
se importunar com seus espinhos,
se neles está às muralhas de seu castelo?
A poesia dispensar a melodia e o lirismo
de seus versos onde se impregna toda sua essência
e as pautas das mal traçadas linhas
correr o risco de nada dizer aos que nelas
mergulham com liberdade de alma?
Existe algo que possa tolher meus sentimentos
a ponto de me tirar a visão do bem querer
e a ele dispensar meus dizeres secretos ou não?
Não é o excesso o que envenena o amor
como mar a engolir a embarcações
e tudo que nela está contido, tornando tudo em vão?
Poderia a covardia de um só condenar todo um mover
frustrando e tornando inútil todo um labor em prol de algo maior?
Poderia alguém julgar-me pelos meus escritos ou aparência,
por meu modo de falar ou andar? Tudo isso será um dia pó e o tempo
se encarregará dissipar. Não seria mais probo conhecer minha alma
ao invés de lançar-me adjetivos e tentar azedar meus afetos?
O veneno contido num coração invejoso seria a peste pré- anunciada
entre você e eu a ponto de nos causar separação?
Diante de toda hipocrisia que enoja minha alma
de saber da pobreza de espíritos de alguns, só me resta dizer:
Que pena!
Meu sucesso é independente do meu querer.
A pureza de minha alma e coração é quem assim o faz!
Tenho a liberdade que me concedem e é o que me basta.
No coração não carrego ódio ou rancor,
pois se assim o fosse me igualaria aos maus.
Amo com a intensidade que o amor me permite amar!
Não sou melhor nem maior que ninguém, sou apenas EU.
Flor de Laranjeira
"Cada coisa tem o seu valor; ser humano, porém tem dignidade"(Kant)”
“A perfeição da própria conduta consiste em manter cada um a sua dignidade sem prejudicar a liberdade alheia.” (Voltaire)