Penso EU (Sem Ofensas...)

Penso Eu, Sem Ofensas

Acaso poderia a flor

se importunar com seus espinhos,

se neles está às muralhas de seu castelo?

A poesia dispensar a melodia e o lirismo

de seus versos onde se impregna toda sua essência

e as pautas das mal traçadas linhas

correr o risco de nada dizer aos que nelas

mergulham com liberdade de alma?

Existe algo que possa tolher meus sentimentos

a ponto de me tirar a visão do bem querer

e a ele dispensar meus dizeres secretos ou não?

Não é o excesso o que envenena o amor

como mar a engolir a embarcações

e tudo que nela está contido, tornando tudo em vão?

Poderia a covardia de um só condenar todo um mover

frustrando e tornando inútil todo um labor em prol de algo maior?

Poderia alguém julgar-me pelos meus escritos ou aparência,

por meu modo de falar ou andar? Tudo isso será um dia pó e o tempo

se encarregará dissipar. Não seria mais probo conhecer minha alma

ao invés de lançar-me adjetivos e tentar azedar meus afetos?

O veneno contido num coração invejoso seria a peste pré- anunciada

entre você e eu a ponto de nos causar separação?

Diante de toda hipocrisia que enoja minha alma

de saber da pobreza de espíritos de alguns, só me resta dizer:

Que pena!

Meu sucesso é independente do meu querer.

A pureza de minha alma e coração é quem assim o faz!

Tenho a liberdade que me concedem e é o que me basta.

No coração não carrego ódio ou rancor,

pois se assim o fosse me igualaria aos maus.

Amo com a intensidade que o amor me permite amar!

Não sou melhor nem maior que ninguém, sou apenas EU.

Flor de Laranjeira

"Cada coisa tem o seu valor; ser humano, porém tem dignidade"(Kant)”

“A perfeição da própria conduta consiste em manter cada um a sua dignidade sem prejudicar a liberdade alheia.” (Voltaire)

Flor de Laranjeira
Enviado por Flor de Laranjeira em 19/09/2009
Reeditado em 08/01/2010
Código do texto: T1819647
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